Produtividade
recorde de milho e feijão foram obtidas por agricultores do município
de Taquarituba na safra agrícola 2001/2002, em lavaouras comuns e
irrigadas, em pequenas e grandes áreas, graças ao clima favorável, à
assistência técnica e ao crédito rural orientado do Banco do
Brasil. Muitos produtores alcançaram produtividade nunca antes obtidas
com a adoção de novas técnicas de adubação para altas produtividades,
irrigação onde não ocorreram chuvas, sementes de alta qualidade genética
e resistência à pragas e doenças na cultura do feijoeiro e novos
híbridos de milho de alta produtividade e resistência à doenças e
pragas, além do uso de herbicidas no majejo de ervas daninhas, que
aumentaram a produção à niveis difíceis de serem alcançados em anos
normais, sem a irrigação ou mesmo com ela.
Na
safra de feijão das águas, plantada em agosto e setembro e colhida em
novembro e dezembro, a produtividade foi ótima para a maioria dos
produtores do município, em lugares onde o clima foi normal, não ocorreu
o veranico e a temperatura noturna foi baixa, como na lavoura do
agricultor José Vicente Moreira, no bairro dos Campos, que produziu
52,89 sacos por hectare ou 128 sacos por alqueire, e também o agricultor
Joaquim Dias, do bairro Soares, que produziu a média de 65,29 sacos por
hectare ou 158 por alqueire, do cultivar Campeão II e usando 500 quilos
de adubo Serrana 4-20-12 mais micronutrientes e adubação em cobertura
de duas vezes de 100 quilos de ureia por hectare aos 25 e 50 dias de
idade do feijoeiro, em plantio convencional.
No
plantio direto, isto é, plantar sem arar e gradear, as produções foram
maiores que o plantio convencional, como era de se esperar como foi a
cultura de José Edvard Belei, do bairro Queimadão, que fez testes de
diversos manejos do solo, para o plantio do feijoeiro, onde no preparo
com o Triton, pós plantio do milho, produziu 57,85 sacos por hectare ou
140 por alqueire, usando grade de disco pesada a produção foi de 41,74
sacos por hectare ou 130 por alqueire, mostrando que o melhor manejo do
solo é o uso de herbicida pós colheita e sem nenhuma movimentação, como o
próprio nome indica "plantio direto" e preconizada por todos os Clubes
da Minhoca, onde o revolvimento do solo é uma heresia, um crime.
As
plantações do feijoeiro irrigadas nesta safra não tiveram produções
muito mais altas do que as sem irrigação devido ao clima, como
aconteceu com a cultura do senhor Luiz Carlos Benini, no bairro Barreiro
e Ribeirão Bonito, que produziu 57,95 sacos por hectare ou 140 por
alqueire, com o cultivar II, plantado em agosto, irrigado com
pivôt central, adubado com 413 quilos por hectare de 8-28-16, mais
micronutrientes e a adubação em cobertura, duas vezes de 125 quilos por
hectare de nitrato de amônio aos 25 e 50 dias de idade do feijoeiro.
A
produtividade de milho não irrigada, mas com adubação racional e bom
manejo do solo, uso de herbicidas e híbridos de alta produtividade,
tiveram produções muito boas, como a de Reinaldo Gomes, do bairro Muniz,
que colheu 136,6 sacos por hectare ou 330 por alqueire de milho
Agroceres 3010, plantado em dezembro de 2000, e de Issao Ando, de
Coronel Macedo, que produziu 157 sacos por hectare ou 380 por alqueire
plantando o milho Ag. 3010, em outubro de 2000 e 350 sacos por alqueire
plantando em fevereiro de 2001, mostrando que anualmente as firmas
produtores de sementes, principalmente as de milho,
tem cultivares e híbridos de alta produtividade e para plantios o ano
inteiro, desde que não ocorram geadas, além de servirem para diferentes
finalidades, como o milho verde, a ração, produtos industrializados,
enfim, milho para mil e uma utilidades.
___________________
Fonte: Jornal "O MOMENTO" - registrando nossa história
Taquarituba, 30 de janeiro de
2002