Após uma conversa com o diretor da Sandoz Agroquimicos numa de suas
propriedades em Itaí,S.P., aceitei trabalhar nesta empresa. Fui então
contratado para trabalhar nas filiais da firma, que tanto podia ser em
São Paulo, como no Paraná, numa licença prêmio e ferias, que começaria
em out.71 e término em fev.72.
A princípio foi estabelecido que trabalharíamos "assistindo"
tecnicamente aos vendedores de defensivos agrícolas prestando
assistência técnica aos produtores de algodão e outras culturas quando
solicitadas por vendedores de várias regiões do Paraná, principalmente a
uva itália que começava a ter expressão no norte velho do Paraná.
Depois de um tempo eu iria para a filial de Araçatuba.
Começei inicialmente a prestar assistência a produtores de algodão que
usavam a semente "tratada" com Frumin Al (disulfoton) mais tillex
(fosforado mais mercurial), assistindo diversos cotonicultores do norte
do Paraná até Umuarama, município que naquela época plantava muito
algodão, até 2420 hectares com meeiros.Também havia plantadores de
amendoim na região de Umuarama.
Acompanhei a recomendação e venda de inseticidas para algodão com os
vendedores da Sandoz que atuavam em Londrina, Apucarana, Maringá,
Umuarama, Cornélio Procópio e Cascavel.
Fiz contato e atendi o gerente na vendas de cooperativa no tratamento
de sementes de trigo para a Cooperativa Agrícola de Cotia e a central de
compras da Café do Paraná em Curitiba, também para o do tratamento de
sementes de trigo, cujo plantio se iniciava no neste estado.
Iniciei o contato com as diversas filiais da "Café do Paraná" para o
tratamento de café contra a ferrugem usando os produtos a base de óxido
cuproso e oxicloreto de cobre, o carro chefe de vendas da Sandoz para o
controle da ferrugem na época.
Contatei a Copercotia, que possuia muitos sócios agricultores
produtores de algodão e cooperativa com muitas filiais no Paraná, na
época, mostrando o portfólio dos defensivos da firma.
Visitei e assessorei a venda de produtos para tratamento de Inverno em
Uva Itália, cultura em expansão entre os nisseis do norte pioneiro, e
com áreas ate no município de Cascavel, vizinho da fronteira com o
Paraguai, praticamente nas margens do rio Iguaçu.
Assisti entre os agricultores nisseis e alguns netos de italianos o uso
de calciocianamida para "apressar"a brotação apos uma poda antecipada e
uso do desfolhante EK 57, além do uso de tubos de plásticos "encapando"
os brotos após a aplicação do EK, para acelerar ainda mais o
florescimento e entrar no "mercado" com um mês de "antecedência para
alcançar melhores preços no mercado de São Paulo.
Depois de dois meses prestei assessoria técnica a vendedores da Sandoz
'a vendedores de defensivos para algodão e outras culturas no noroeste
de São Paulo, tendo como base a filial Araçatuba. Naquela época
Araçatuba era uma produtora da malvácea, com quatro "máquinas de
beneficiamento" no município.
Fazendo "peão" no munícipio acompanhei a venda de defensivos para
algodão em Araçatuba, Santo Anástacio, Presidente Prudente, Presidente
Epitácio e vendedores de Lins, Bauru,Marilia.
Assessorei também a venda de defensivos agrícolas para a cultura de
"fruta do conde" em Lins e de abacaxi em Bauru, que foi grande produtor
da fruta.
Essa prestação de serviços para uma multinacional de defensivos
agrícolas (que atualmente foi absorvida nesta fase atual de consolidação
de grandes empresas) foi de grande valia para a ampliação do meu
conhecimento agrícola de São Paulo. Isto se deve à vivência com os
agricultores, vendedores, engenheiros agronômos, diretores de firmas,
enfim, todos ligados à agropecuária paulista e paranaense.