| Reprodução de slide. Augusti, década de 1970 Vista do telhado de sapê de uma casa na área rural de Taquarituba, SP |
Muitas são as memórias que serão aqui relatadas. A maioria delas têm relação com minha atuação como engenheiro agrônomo em Taquarituba, município do interior do Estado de São Paulo, num período de 35 anos. Embora a agricultura seja o foco principal do blog, procuro inserir também informações históricas, sociais e econômicas a respeito deste município.
terça-feira, 27 de março de 2012
Casa de sapê - década de 1970
Cultura do algodão
Indivisas
| Indivisas, 1974 |
Todo domingo a prainha, que tornou-se pública, reunia muitos frequentadores da região a procura de sol e areia e que faziam lá seus piqueniques.
Colheita de soja - década de 1970
| Reprodução de slide. Augusti, década de 1970 |
Colheita de soja - cultivar Santa Rosa - na Fazenda Serrinha de Renato
Angeli, bairro Serrinha,Itaberá, safra 1974/5. Em cima da sacaria está o produtor Michio Aoki,
arrendatário. Atrás notamos que há uma colheitadeira John
Deere, depositando a soja a granel no caminhão para ser transportada para a indústria.
Colheita de soja
sexta-feira, 23 de março de 2012
Aplicação de herbicida burromecanizada
Casa de pau- a -pique
| Casa de pau a pique da zona rural de Taquarituba, década de 1960 |
O número de casas de pau-a-pique na zona rural era de um terço, mais um terço de casas de tábuas.
Colheita de cáqui - década de 1960
Preparação do futuro lago "Nicanor Camargo"
Vista do Córrego Lajeado, Taquarituba, SP
Vista da Avenida Mário Covas, Taquarituba
Assessoria Técnica da-agrícola Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo
De 1966 até 2001, nos anos que trabalhei
na Casa de Agricultura de Taquarituba, precisei contar com a assessoria de
especialistas do Departamento de Orientação Técnica da Secretaria de
Agricultura de Campinas. Esses especialistas contribuíam com a assistência
técnica participando, sempre que eram solicitados, das reuniões, encontros,
cursos para agricultores.
Entre esses especialistas estavam:
- Jurandir de Andrade Fratini da seção de Cereais de inverno e girassol;
- José Ayres Pacheco e José Francisco Andrade, especialistas
em milho;
- Sebastião Godoy Passos e Duval da Silva Costa, especialistas em
algodão;
- Dr. José Gomes da Silva, Ana Katlinova, Paulo de Araujo Cidade,
especialistas em sociologia e juventude rural;
- Tonan Kudo, especialista em olericultura.
Essa assessoria técnica especializada foi muito
importante para o desenvolvimento do meu trabalho como engenheiro agrônomo
regional, pois eram trazidas novidades e técnicas novas para o aumento da
produtividade da economia regional.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Documento para registro de pagamento do Albergue Noturno de Taquarituba
O
Albergue Noturno de Taquarituba atendia os viajantes e cidadãos que
não tinham residência fixa. Fornecia pouso por um dia ou mais, com café da
manhã e eventuamente refeições e café noturno. O funcionamento era
baseado nas normas internacionais dos albergues da juventude. Para
mantê-lo a comunidade era convocada a conribuir mensalmente, o que
faziam com prazer, devido ao bom gerenciamento do mesmo. Muitos
comerciantes contribuiam com alimentos e verbas.
O Albergue também era mantido em conjunto com os mantenedores da Casa do Espírita.
Observações de um engenheiro agronômo regional
1-Os estágios
estudantis em agronomia realmente mudam a maneira de pensar dos estudantes de
agronomia e os fazem seguir carreiras diversas na área de agronomia daquelas
que planejavam ao entrar nas escolas de agronomia.
2- O planejamento do trabalho técnico dos engenheiros agrônomos e médicos veterinários, anual ou plurianual, mostram que os Secretários de Agricultura e seus assessores não davam continuidade ao planejamento efetuado "na linha de frente" de atendimento do agricultor, pois tinham que atender ao planejamento das pastas da Agricultura, estadual ou nacional.
3-Os problemas sanitários animais ou vegetais que apareciam foram sempre atendidos pelos técnicos, engenheiros agrônomos ou médicos veterinários e seus auxiliares em detrimento do seu planejamento de trabalho, atrapalhando o planejamento dos mesmos, mesmo existindo um órgão de atendimento técnico dos problemas (tais como a ferrugem do café, a peste suína africana, a brucelose, a cigarra do café, etc,) como o Instituto Agronômico e o Instituto Biológico.
4- Havia sempre uma defasagem para menos entre o que alguns agricultores praticavam e as técnicas preconizadas pela extensão-pesquisa "criadas" por técnicas dos institutos de pesquisa.
5-Alguns problemas sanitários como o bicudo do algodoeiro, na década de oitenta, foram atendidos de maneira precária e com açodamento devido a falta de estudos da biologia e da velocidade de dispersão da praga, bem como dos prejuízos que seriam ocasionados pela mesma nos algodoais do Estado. Os danos foram alardeados, o perigo da praga foi supervalorizado e a cultura acabou em vários municípios. A cultura do algodão poderia ter durado mais tempo, com todas as vantagens econômicas que ela traz, se a praga fosse divulgada com mais parcimônia.
6- Doenças e pragas de culturas e de animais são tratadas como se só o Estado de São Paulo tivesse só um sistema de tratamento, método sanitário, independente da pesquisa de outros estados do Brasil.
7-Tentativas de implantação de planejamento e controle dos programas de trabalhos computadorizados no fim da década de setenta pela Secretaria da Agricultura de São Paulo, como exemplo; o Planejamento e Controle de trabalho da Dira (Diretoria Regional Agrícola) de Sorocaba, a partir do ano de 1977, que funcionava muito bem apesar dos computadores de baixa capacidade, sem interligação com outros órgãos da Coordenadoria da Assistência Técnica Integral e só não continuaram devido a política e interesses outros da Secretária da Agricultura.
Conclusão: devido a estes problemas e outros não identificados a assistência técnica e a agricultura dependem e são levados pela opinião pública e dos órgãos de divulgação pública.
Texto publicado em Vivências na Noiva da Colina
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